25/08/2010

O CMCT

O Centro Municipal de Capacitação e Treinamento é uma escola da Rede Municipal de Ensino que ministra cursos profissionalizantes básicos.

Ministra atualmente os seguintes cursos:

Manhã: (1) Assistente Administrativo, (1) Confeitaria, (1) Elétrica Residencial e Reparo de Aparelhos Eletrodomésticos, (1) Informática  e (1) Panificação. Total de 05 cursos.

Tarde: (1) Assistente Administrativo, (1) Confeitaria, (1) Elétrica Residencial e Reparo de Aparelhos Eletrodomésticos, (2) Informática e (1) Panificação. Total de 06 cursos.

Noite: (1) Assistente Administrativo, (1) Confeitaria, (1) Elétrica Residencial e Reparo de Aparelhos Eletrodomésticos, (1) Mecânica (1) Informática e (1) Panificação. Total de 06 cursos.

Períodos:

Manhã: das 08:00 ás 12:00 h.

Tarde: das 13:00 ás 18:00 h.

Noite: das 18:00 ás 22:00 h.

Os cursos têm a seguinte carga horária: Assistente Administrativo, Mecânica de Autos e Informática – 160 horas, Panificação e Confeitaria (unificados) – 180 horas, Auxiliar de Eletricista – 40 horas e Reparador de Aparelhos Eletrodomésticos – 100 horas.  


HISTÓRICO

O Centro Municipal de Capacitação e Treinamento – CMCT, uma escola profissionalizante básica da Prefeitura do Município de São Paulo,  foi criada pelo Decreto n° 33.073, de 23 de março de 1993 e inaugurada em 07 de abril do mesmo ano pelo então Prefeito Sr. Paulo Salim Maluf, representado na solenidade pelo Professor Sólon Borges dos Reis, Secretário Municipal de Educação e Professora Maria Alice Bicudo Soares, sua assessora e Secretária Geral do Centro do Professorado Paulista. O SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) MORVAN FIGUEIREDO e a Prefeitura de São Paulo firmaram um convênio que favorecia esta instituição de ensino, sendo que os instrutores eram, e continuam sendo, professores da Rede Municipal de Ensino de diferentes áreas e foram treinados pelo SENAI para exercerem suas funções adequadamente. Os certificados de conclusão dos cursos eram expedidos pelo SENAI.
Até então, ao ser inaugurado, o CMCT oferecia os seguintes cursos: Mecânica de Automóveis, Reparador de Aparelhos Eletrodomésticos, Confeitaria e Serigrafia. A clientela era composta por alunos da Rede Pública de Ensino que estivessem cursando as duas últimas séries do Ensino Fundamental – 7as e 8as séries – e desta maneira estaria complementando no CMCT – nos turnos manhã ou tarde – a aprendizagem obtida na escola regular. O objetivo, portanto, era complementar a aprendizagem, oferecendo oportunidade para que o jovem obtivesse qualificação profissional básica e tivesse maiores chances de ingressar no mercado de trabalho.
A forma de ingresso era através de Inscrição e Prova de Seleção contendo 20 questões de múltipla escolha: 10 em Língua Portuguesa e 10 em Matemática, com conteúdo referente à 5ª série do Ensino Fundamental. Na classificação de cada curso, 24 alunos eram classificados: os 14 alunos com melhores notas eram chamados para a matrícula e os 10 seguintes (suplentes), eram chamados no caso de desistência. Os cursos tinham carga horária de 90 horas e eram ministrados em aulas diárias (3 horas aula), de 2ª a 6ª feira.
Havia, além dos cursos ministrados, o Centro de Apoio à Pesquisa Escolar, cuja principal característica era o atendimento a alunos com dificuldades nas disciplinas do dia-a-dia escolar, funcionando como uma recuperação paralela, que a comunidade denominava "aulas de reforço". Professores de todas as áreas ficavam à disposição da comunidade para ministrar aulas gratuitas. No Centro de Apoio funcionava também uma biblioteca que atendia diariamente alunos da Rede Pública Estadual e Municipal para pesquisa em trabalhos escolares e alunos do CMCT. Empréstimos de livros só eram possíveis a alunos do CMCT.
Em 1994, foram expandidas as oportunidades de acesso: foram criados os curso de Panificação e Informática. Em 1996 a escola passou a atender alunos de Ensino Supletivo aos sábados e criou o período noturno. O curso aos sábados não obteve o resultado esperado, pois o longo espaço de tempo entre as aulas não permitiu um aprendizado satisfatório resultando num alto índice de evasão e conseqüente extinção do módulo.
No início do ano de 1997 foi criado o período intermediário e a partir de maio de 1997 os adultos com no mínimo 4a série do Ensino Fundamental puderam ter acesso aos cursos, somente no período noturno – das 19 às 22 horas. Os alunos adolescentes continuavam a estudar nos três períodos diurnos – Manhã: das 7:30 às 10:30 horas; Intermediário: das 11:30 às 14:30 horas e Tarde: das 15:00 às 18:00 horas. Para o curso de adultos havia sorteio público para o preenchimento das vagas, com exceção do curso de Informática, para o qual os candidatos eram submetidos a uma prova de Redação e a escolaridade mínima era Ensino Fundamental Completo. Alunos do Curso Regular continuavam a passar pelo processo de Inscrição e eram submetidos à Prova de Seleção para todas as modalidades de cursos.
Alunos com deficiência auditiva tinham atendimento em caráter excepcional – não necessitavam passar pelo processo de seleção – em  qualquer curso. Atualmente, esse tipo de inclusão foi ampliado a portadores de necessidades físicas e mentais, assim como a integrantes do programa de liberdade assistida e semi-liberdade. Esses alunos são encaminhados por órgãos competentes e incluídos nos cursos de interesse, de acordo com a disponibilidade de vagas – 1 ou 2, em média, por curso.
A partir do ano 2001, devido à alteração na CLT – Consolidação das Leis Trabalhistas - pela Lei10.097, de dezembro de 2000, que proíbe a contratação de jovens com idade inferior a dezesseis anos,  foram alterados os critérios para ingresso de alunos no CMCT que vigora até este ano letivo. Os candidatos devem ter, no mínimo, 16 anos completos e serem alfabetizados. Para os cursos de Auxiliar Administrativo e Informática a escolaridade mínima é Ensino Fundamental Completo. Para todos os cursos existe um dia de inscrição e outro de sorteio público e matrícula para o preenchimento das vagas. A média de inscrições é de 3.000 candidatos por turma (totalizando 12.000 inscrições ao ano), dos quais são atendidos 500 alunos (num total de 2000 alunos ao ano). Na época de sua criação, o CMCT recebia 14 alunos por turma e cinco suplentes que aguardavam desistência. Atualmente são 20 alunos sorteados e 10 suplentes na fila de espera. Em 2001, a carga horária dos cursos foi ampliada de 90 para 146 horas, sendo possível o atendimento de quatro turmas por ano letivo: duas no primeiro semestre e suas no segundo. No ano de 2003 essa carga foi reduzida para 111 horas para que possibilitasse o acréscimo do atendimento a mais uma turma no ano letivo, que atualmente são cinco: a 1ª e 2ª turmas e o início da 3ª no primeiro semestre, a continuação da 3ª, a 4ª e 5ª turmas no segundo semestre. Neste ano de 2010, a carga horária é de 160 horas, em média, e são atendidas 4 turmas ao ano: duas no 1º e duas no 2º semestre.
O Centro de Apoio à Pesquisa Escolar deixou de ser oferecido em 2001 e os professores foram remanejados para o curso de Auxiliar Administrativo, criado em agosto do mesmo ano. Nessa ocasião também foi criado o curso de Elétrica Residencial, incorporado como mais um módulo no curso de Reparador de Eletrodomésticos.
Cidadania, Qualidade de Vida, Combate às Drogas, Código do Consumidor, Prevenção de Acidentes, Fitoterapia, Primeiros Socorros e Higiene são temas de palestras no início de cada turma do CMCT, dentro do contexto de cada curso de acordo com os objetivos propostos no PEA (Projeto Especial de Ação) anual desenvolvido pelos professores participantes de jornada especial integral (JEI) e coordenado pelo coordenador pedagógico da unidade.
A partir de 2007, além dos alunos da comunidade, o CMCT passou a priorizar, nos cursos de Informática e Auxiliar Administrativo, o atendimento aos alunos da Rede Municipal de São Paulo, de acordo com as propostas estabelecidas pelo então projeto Pós Escola. Em cada turma são atendidos alunos com idade superior a 14 anos.
O CMCT acredita que um trabalho sério e comprometido com a qualificação e requalificação de seus alunos para o mercado de trabalho colabore para o aumento das perspectivas de inserção social e conseqüentemente contribuição para a melhoria da qualidade de vida de cada um.